Terra em Chamas; Dados recentes da NASA, a agência espacial dos EUA, e do Sistema Copernicus, da União Europeia, revelam que os incêndios em Nova Gales do Sul (Austrália), no Ártico Siberiano, na Rússia, na costa oeste dos EUA e no Pantanal brasileiro e boliviano foram os maiores de todos os tempos, com base nos últimos 18 anos de dados sobre incêndios florestais globais compilados pelas organizações. “Não são incêndios, são tempestades de fogo”: Os estados do Oregon e Califórnia , na Costa Oeste dos EUA, enfrentam uma catástrofe natural em incêndios florestais que seus serviços de emergência só conheciam pela TV e que prenuncia mudanças radicais em longo prazo.
Edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch
Incêndios florestais pelo mundo são os maiores ‘em escala e em emissões de CO2’ em 18 anos
Fontes: BBC Londres – El Pais
Cientistas estão alertando que os incêndios florestais em todo o mundo este ano são “os maiores em escala e emissões de gases estimadas” nas duas últimas décadas.
Dados da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, e do Sistema Copernicus, da União Europeia, revelam que os incêndios em Nova Gales do Sul (Austrália), no Ártico Siberiano, na costa oeste dos Estados Unidos [Califórnia e Oregon] e no Pantanal brasileiro e boliviano foram os maiores de todos os tempos, com base nos últimos 18 anos de dados sobre incêndios florestais globais compilados pelas organizações.
Mas quão sério é o impacto ambiental?
Brasil: a Bacia Amazônica e o Pantanal
Imagens de satélite da Nasa e outras organizações internacionais de pesquisa ambiental mostram que os incêndios florestais estão se espalhando na bacia amazônica no Brasil. Maior floresta tropical do mundo, a Amazônia é um reservatório de carbono vital e água doce que diminui o ritmo do aquecimento global.
A Amazônia é também o lar de cerca de 3 milhões de espécies de plantas e animais e 1 milhão de indígenas. Especialistas dizem que a região voltou aos níveis de desmatamento observados pela última vez há uma década.
“Você pode não ver incêndios como os da Califórnia, porque os da Amazônia continuam muito baixos, mas causam mais danos”, diz Paulo Moutinho, cientista sênior do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM). “As árvores podem morrer lentamente em poucos anos. Um hectare de floresta na Amazônia tem cerca de 300 espécies de plantas e árvores, a Califórnia, em comparação, tem apenas 25.”
Dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) revelam que o número de incêndios na Amazônia aumentou 28% entre julho de 2019 e julho de 2020.
Ao contrário das condições de seca na costa oeste dos Estados Unidos, os incêndios florestais no Brasil são causados principalmente pelo desmatamento, que alguns ambientalistas dizem ser motivados pelas políticas governamentais pró-agricultura e mineração.
Mas não são apenas as florestas tropicais da América do Sul que estão queimando. Ao sul da Amazônia, no Pantanal, os incêndios também estão intensos. O bioma do pantanal se estende por Brasil, Paraguai e Bolívia e é uma das áreas de maior biodiversidade do mundo.
O fogo já destruiu 15% da região do pantanal, com cerca de 2,3 milhões de hectares. Até quinta-feira (17/08), foram quase 16 mil focos de incêndios, o maior número de queimadas desde 1998, quando o Inpe começou a contabilizar essas estatísticas. Só na primeira metade do mês de setembro, o número de focos já é quase duas vezes maior do que em todo o mês do ano passado. No acumulado de janeiro a setembro, o número de incêndios triplicou em relação ao mesmo período de 2019.
Em entrevistas, o ministro brasileiro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e o próprio presidente Jair Bolsonaro têm tentado minimizar a proporção dos incêndios, muitas vezes ignorando os dados oficiais.
No caso do Pantanal, Salles e Bolsonaro chegaram a atribuir o avanço do fogo às restrições ao manejo do fogo em pastagens e em reservas ambientais e a uma suposta “perseguição” à criação de gado solto na região – argumentos, segundo especialistas, que não se sustentam.
Savana e pradarias da África
Imagens de satélite também mostram incêndios florestais densos na África tropical, através da savana e pradarias onde, a cada ano, ocorre a maioria dos incêndios florestais do mundo. Mesmo que esses incêndios pareçam ser bastante densos, os cientistas dizem que isso não significa necessariamente que terão um impacto ambiental mais severo.
“A maioria desses incêndios na África é um processo natural que vem acontecendo há milhares de anos”, diz Niels Andela, professor da Escola de Ciências da Terra e do Oceano na Universidade de Cardiff. “É assim que a vegetação se regenera na região.”
Esses incêndios florestais africanos também são vistos como menos prejudiciais porque as savanas e pradarias regeneradas absorvem parte do carbono que é emitido durante a queimada.
Florestas tropicais da Indonésia
Embora a temporada de incêndios florestais na Indonésia tenha começado há alguns meses, as províncias de Kalimantan Central e Sumatra ainda continuam sofrendo com os incêndios florestais. O Greenpeace disse que 64 mil hectares de floresta já haviam sido queimados até o fim de julho, embora esse número seja menor do que o do ano anterior.
A terceira maior província do país, Kalimantan Central, declarou Estado de emergência em julho, depois de registrar mais de 700 incêndios.
Os ambientalistas dizem que o impacto econômico da covid-19 levou a reduções orçamentárias significativas, impactando o patrulhamento das florestas e a prevenção de incêndios.
Turfeiras árticas, na Sibéria, Rússia
Quando os incêndios na Califórnia começaram a aumentar no mês passado, o Círculo Polar Ártico já havia experimentado tragédia semelhante. As chamas queimaram a vegetação nativa, a tundra, e cobriram de fumaça as cidades siberianas.
Esses incêndios no Ártico emitiram um recorde de 244 megatoneladas de dióxido de carbono — 35% a mais do que todo o ano passado, de acordo com o Serviço de Monitoramento da Atmosfera Copernicus.
Especialistas dizem que a razão para o aumento significativo nas emissões pode ser a queima das turfeiras — onde os solos são ricos em carbono. Segundo eles, um inverno e uma primavera mais quentes foram parcialmente responsáveis pelos incêndios.
Consequências ambientais
Todos os anos, cientistas dizem que uma área de cerca de 4 milhões de quilômetros quadrados de floresta, tamanho aproximado da União Europeia, é queimada por incêndios florestais espalhados pelo globo. Isso tem um sério impacto na biodiversidade e nos ecossistemas mundiais.
Os incêndios florestais fazem parte de um perigoso ciclo de retroalimentação. Os incêndios liberam uma quantidade significativa de dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa. Isso torna a Terra CADA VEZ MAIS QUENTE e, por sua vez, as florestas mais secas, aumentando E RETROALIMENTANDO a probabilidade de incêndios florestais.
No início desta semana, a ONU alertou que o mundo falhou em cumprir totalmente todas as metas de proteção da biodiversidade que estabeleceu para esta década.
Um relatório da Plataforma de Política Científica Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos advertiu no ano passado que cerca de 1 milhão de espécies animais e plantas estão ameaçadas de extinção, um recorde na história da humanidade. Quando florestas queimam, emitem grandes quantidades de CO2 na atmosfera, o que acelera o aquecimento global.
“Neste ponto, os incêndios somam 5% das emissões anuais dos EUA e 0,7% das emissões globais anuais de CO2”, diz Pieter Tans, um cientista climático sênior da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA. Os incêndios florestais poluem o ar, o que também gera um impacto na saúde pública. Cientistas atmosféricos dizem que os poluentes podem viajar por longas distâncias e se tornar mais tóxicos quando interagem com a luz solar e outros elementos.
“No caso da Califórnia e do Oregon, a fumaça se tornou parte da corrente de jato, o que leva a um transporte relativamente rápido da fumaça e ar quente para a Europa (uma distância de 8 mil quilômetros) ao longo de alguns dias”, diz Mark Parrington, cientista atmosférico sênior do Serviço de Monitoramento da Atmosfera Copernicus.
“Mas o maior risco para a qualidade do ar e para a saúde humana está perto da fonte, onde a qualidade do ar foi seriamente degradada.”
Cresce também o temor com o aumento do risco de casos graves de covid-19 dentro e ao redor de locais com incêndios florestais. “No Brasil, a infecção por covid em indígenas é mais de 150% maior do que no resto da população”, diz Moutinho, do IPAM.
“Uma vez que muitos desses povos indígenas estão em lugares próximos ou envolvidos em incêndios florestais, há preocupações de que a poluição do ar possa estar contribuindo para o nível de infecções.” Alguns estudos relacionaram a poluição do ar com casos graves de covid-19. A Organização Mundial da Saúde já alertou os países sobre essa possível ligação.
“Não são incêndios, são tempestades de fogo”
O estado do Oregon, na Costa Oeste dos EUA, enfrenta uma catástrofe natural em inceêndios florestais que seus serviços de emergência só conheciam pela TV e que prenuncia mudanças em longo prazo
O primeiro sinal foi que “o sol estava apagado”, recorda Yolanda Curiel. Era terça-feira, 8 de setembro, pouco depois das 11h. Ventava forte. “Caíam cinzas do céu.” Curiel estava em sua casa pré-fabricada em Phoenix, um bairro na zona sul da cidade de Medford, no sudeste do Oregon. Ela saiu de carro com as filhas menores para ir ao banco.
Deixou em casa os dois filhos adolescentes, de 17 e 14 anos. Às 14h, quando tentou voltar, a polícia não permitiu. Ligou para seus filhos dizendo para que abandonassem a casa e fossem na sua direção, eles saltaram o cordão de isolamento e foram embora de casa com a roupa do corpo. Apenas uma hora depois, todo o seu projeto de vida tinha virado fumaça e cinzas.
Quando os bombeiros de Medford recordam aquelas horas, seu relato costuma conter expressões como “sem precedentes” e “nunca visto”. O fogo começou junto a um riacho que atravessa dois subúrbios de Medford, chamados Phoenix e Talent. Usou as margens do rio como se fosse um túnel, impulsionado por rajadas de vento de 80 quilômetros por hora.
Os bombeiros contam que o vento ia secando as árvores e os arbustos antes da chegada das chamas, como um secador de cabelo, e assim os deixou preparados para arder em segundos. Esse mesmo vento dobrava o fogo, fazendo o efeito de um lança-chamas para frente. O incêndio percorreu 21 quilômetros durante cerca de 15 horas, até ser debelado por volta das 2h da madrugada.
Três pessoas morreram. Cerca de 600 casas queimaram, a maioria delas lares pobres de imigrantes que se instalaram aqui para trabalhar nas lavouras de peras, pêssegos e uvas. A família Curiel, imigrantes de Nayarit (México), tinha comprado esse trailer por 20.000 dólares (cerca de 100.000 reais), economizados em trabalhos de faxina e jardinagem. “Tínhamos gastado 45.000 dólares para transformá-lo numa casa de verdade. Quando saímos, subimos num morro para ver o incêndio. Meu marido dizia que eram as árvores que estavam queimando, mas eu lhe disse que não, que não, que era nossa casa”.
Ao recordar essas palavras, começa a chorar. Ela está com seus filhos em um refúgio provisório montado no descampado do parque de convenções de Medford, junto com centenas de seus vizinhos instalados em barracas de lona. Só têm a roupa que vestiam naquele dia e o dinheiro que tirou do banco.
“São coisas que víamos apenas pela televisão porque aconteciam com nossos vizinhos do sul, na Califórnia”, dizia Gary Leaming, porta-voz de Emergências do Oregon para este incêndio. “Vivo aqui há 22 anos e isto não tem precedentes.Esta região do Estado registra todos os anos dias quentes e eventualmente secos. Mas nunca como neste ano havia ocorrido tal combinação de vento forte, secura extrema e calor, segundo os bombeiros. “Não são incêndios, são tempestades de fogo”, diz Leaming.
Não é só Medford, e sim todo o Oregon, que nunca tinha visto nada parecido. As últimas cifras dizem que mais de 400.000 hectares no Estado arderam, o dobro da média anual na última década. Oito pessoas morreram e 12 estão desaparecidas. Mais de 3.900 estão vivendo em refúgios, e mais de 1.600 casas foram completamente incendiadas. No fim de semana passado, até 40.000 pessoas ficaram desabrigadas por causa de incêndios repentinos e velozes.
Mais de 500.000 pessoas viviam sob alerta de retirada a qualquer momento, especialmente nos arredores de Portland. O clima deu alguns dias de pausa, mas o Departamento de Emergências não espera que esta situação crítica mude enquanto não chover. A governadora Kate Brown advertiu que, no verão que está prestes a terminar, o Oregon pode registrar a maior perda de vidas e casas por incêndios na sua história.
Na quarta-feira, 29 grandes incêndios continuavam ardendo simultaneamente no Estado. Alguns ocorrem em lugares que normalmente têm as condições climáticas de uma selva tropical, como a Floresta Estadual de Tilamook, como destaca a porta-voz de Emergências em Salem, Bobbi Doan. “Esta é uma situação de incêndios como nada que já vimos em uma geração. É inegável que a gravidade, complexidade e duração da temporada de incêndios estão aumentando.”
Para o Governo do Oregon, e segundo o consenso geral da comunidade científica, a mudança climática é o contexto inegável que deixou um Estado úmido e cheio de matas à mercê do fogo, como se fosse o árido sul da Califórnia. Em Medford, por exemplo, a média anual histórica de precipitações é de 482 milímetros por ano. Há alguns anos, porém, caiu para 254, segundo Gary Leaming. A causa de cada incêndio pode ser fortuita e estar sob investigação, mas a tragédia não é uma casualidade. “Esse tipo de incêndio vinha sendo gestado.”
“Os meteorologistas vinham advertindo de que há cada vez menos neve no inverno, o que contribui para condições como as que vimos naquela manhã”, reconhece Bob Horton, um dos chefes de bombeiros do condado onde fica Medford. “Qualquer início de incêndio teria sido um desafio.” Para Horton, com 20 anos de experiência, estes são exatamente os “incêndios de vento” (um termo técnico que distingue um fogo impulsionado pelo vento de outro que avança à velocidade que a madeira queima) da Califórnia, só que agora em todo o Oeste dos EUA.
Neste verão boreal, 10% da população do Oregon vive com um incêndio perto de sua casa. O resto do Estado, e de toda a Costa Oeste dos EUA, está respirando as consequências. A qualidade do ar chegou a níveis perigosos para a saúde em lugares como Portland, uma cidade rodeada de água e florestas, que no fim de semana passado tinha a pior qualidade do ar dos EUA.
“Em cinco cidades do Oregon registramos os piores níveis de partículas da história”, confirma Dylan Darling, especialista do Escritório de Qualidade Ambiental do Oregon. “Um nível de partículas pm2,5 de 300 é perigoso para a saúde. Chegou a pelo menos 500, que é o máximo dos monitores”. Uma situação assim já é perigosa quando dura algumas horas ou dias. “Isto está assim faz duas semanas”, adverte Darling. A coluna de fumaça já é tão grande que chegou à Costa Leste.
Em lugares como Medford, onde houve além disso uma grande destruição de moradias, essa nuvem pode ser tóxica. Ninguém sabe o que há na densa e pestilenta nuvem branca que cobre toda a cidade há uma semana. Foram queimadas casas muito humildes, nas quais não é raro que haja produtos químicos e até amianto.
Os bombeiros costumam fugir do debate sobre a mudança climática. Não é o seu trabalho. Mas deixam muito claro seu temor de que esta seja a nova normalidade. “Não sou a pessoa adequada para dizer o que vai acontecer”, afirma o chefe de bombeiros Horton, “mas me preocupa, e o que está acontecendo no Oregon será preciso discutir com o nível local, estadual e nacional. A dinâmica do fogo está mudando e temos que nos adaptar”. Os incêndios californianos já são os incêndios de todo o Oeste.
{N.T. “Haverá muitas mudanças dramáticas no clima do planeta, muitas mudanças nas condições meteorológicas na medida em que o TEMPO DAGRANDE COLHEITAse aproxima RAPIDAMENTE ao longo dos próximos anos. Vocês vão ver a velocidade do vento em tempestades ultrapassando 300 milhas (480 quilômetros) por hora, às vezes. Deverão acontecerfortes TSUNAMIS e devastação generalizada NAS REGIÕES COSTEIRAS, e uma emissão de energia solar que fará importante fusão e derretimento das calotas de gelo nos polos, e subseqüente aumento drástico no nível do mar, deixando muitas áreas metropolitanas submersas em todo o planeta“. FONTE
“E NOS ÚLTIMOS DIAS ACONTECERÁ, diz Deus, Que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, E os vossos velhos sonharão sonhos; e também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e as minhas servas naqueles dias, e eles profetizarão;
“E farei aparecer prodígios em cima, no céu; E sinais em baixo na terra, Sangue, fogo e vapor de fumo. O SOL SE CONVERTERÁ EM TREVAS, E a lua em sangue, ANTES de chegar o grande e glorioso dia do Senhor; e acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” Atos 2:17-21
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