Antártida: Imagens de satélite mostram que iceberg gigante está se quebrando

Bloco com 1 trilhão de toneladas está se afastando da plataforma Larsen C

O iceberg gigante que se desprendeu na Antártida na última semana continua se deslocando para o mar aberto. Imagens capturadas pelo satélite Deimos-1 mostram uma fenda entre o bloco de gelo de seis mil quilômetros quadrados, batizado de A-68, e a plataforma gelada Larsen C.

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Imagens capturadas pelo satélite Deimos-1 mostram que o recém formado iceberg gigante que se separou da plataforma de gelo Larsen C agora está se quebrando.

Fonte: https://oglobo.globo.com

Imagem mostra blocos se soltando do iceberg gigante – Deimos-1/Twitter

Antártida – O iceberg A-68, que se desprendeu semana passada da plataforma Larsen C, na Antártica, está se quebrando em pedaços menores, revelaram imagens capturadas pelo satélite Deimos-1. Na parte mais ao norte, é possível observar vários blocos pequenos se soltando e, no centro, um novo iceberg relativamente grande se formou.

O satélite Deimos-1 capturou a imagem na sexta-feira, o que não é fácil nesta época do ano na Antártida, por causa de suas longas noites de inverno cobertas de nuvens. A espaçonave que conseguiu avistar o iceberg usou radares e sensores infravermelhos para superar essa limitação.

O desprendimento de icebergs na Antártica é um fenômeno natural, mas o A-68 chamou atenção da comunidade internacional pela sua dimensão. Com 5,8 mil quilômetros quadrados — área equivalente a do Distrito Federal — e peso estimado em 1 trilhão de toneladas, ele é um dos maiores blocos de gelo flutuante já observados. Agora, os cientistas acompanham o destino do iceberg.

Os modelos de computador indicam que, num primeiro momento, o A68 deve se afastar um pouco da plataforma Larsen C, descendo o oceano pelos ventos no Mar de Weddell, mas o movimento de rotação da Terra deve mantê-lo relativamente próximo à costa. Mas os pequenos blocos, mais leves e menos espessos, podem seguir outras rotas. Thomas Rackow e seus colegas do Instituto Alfred Wegener de Pesquisa Polar e Marinha, na Alemanha, estão entre os pesquisadores que acompanham com interesse a movimentação.