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Channel: Desastres, Mudanças Climáticas, Terremotos e Vulcões – Thoth3126
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Vulcão na Guatemala volta a entrar em atividade e obriga novas evacuações

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Vulcão na Guatemala volta a entrar em atividade e obriga novas evacuações. Novas explosões acrescentam medo e tensão às buscas pelas vítimas e dezenas de desaparecidos. Grupos de resgate lutam contra o relógio, as altas temperaturas e gases tóxicos para encontrar mais sobreviventes. No domingo o céu desapareceu na costa do sul da Guatemala quando por volta de 15h (hora local) o Vulcão de Fogo entrou em erupção e lançou seu primeiro petardo de pedras e cinzas. Sobre as cabeças dos camponeses, tudo se transformou numa estranha nuvem cinzenta, contra a qual não havia escapatória. Simultaneamente o solo começou a arder, enquanto uma língua de lama fervente, paus, pedras e animais mortos arrasava tudo à sua passagem.

Edição e imagens:  Thoth3126@protonmail.ch

Guatemala luta contra o tempo para chegar às zonas ilhadas pela lava. Pelo menos 69 pessoas morreram e milhares foram afetadas pela erupção do vulcão de Fogo

Por Jacobo Garcia – Escuintla (Guatemala), Fonte: https://brasil.elpais.com/

O vulcão de Fogo, na Guatemala, voltou a entrar em atividade na tarde da terça-feira. As zonas em que o serviço de resgate trabalhava precisaram ser evacuadas e vilarejos como Escuintla se transformou em um caos, onde pessoas fugiam. Até domingo, a zona zero do vulcão era um horto: verde, frondoso e fértil, onde eram cultivados cana de açúcar e café. Até mesmo o surrealismo florescia nas encostas do vulcão, onde coexistiam um campo de golfe e uma das áreas mais pobres do país.

Coluna de fumaça durante a erupção do Vulcão de Fogo na Guatemala durante a erupção em Acatenango.

Todo esse jardim natural: campo de golfe, pontes, cultivos e quatro aldeias desapareceram às três da tarde de domingo no exato momento em que Juan Francisco cortava lenha, Olga conversava com o pai deitada na rede e Domingo saía da igreja. Junto com eles, milhares de camponeses saíram correndo com as roupa do corpo enquanto uma língua incandescente os perseguia na fuga. Até agora foram encontrados 69 corpos, centenas de pessoas foram atendidas e quase 2.000 dormem em abrigos depois de terem sido evacuadas, algumas delas à força.

No momento em que milhares de camponeses descansavam à sombra, o Vulcão de Fogo, de 3.763 metros de altura, deixou sua letargia e entrou em erupção com uma explosão brutal que lançou três rios de fogo pela encosta e converteu simultaneamente o solo e o céu em armadilhas mortais. Segundo especialistas, o Vulcão de Fogo entrou em erupção na categoria 4, de acordo com o índice explosivo vulcânico (VEI na sigla em inglês).

Em 1974 e em 2012 foram erupções de categoria 2, mas está última dobrou sua força. O aumento de uma categoria é equivalente a 10 vezes mais energia liberada do que no grau anterior. Três novas emanações de gases tóxicos e mortais ocorreram na manhã de terça-feira e acrescentaram mais medo ao medo. A fumaça que o vulcão expele lembra o risco de viver em um horto, onde o solo e o céu podem mudar em poucos minutos.

Vista aérea de um povoado em Escuintla, na Guatemala, devastado pela lava da erupção do Vulcão de Fogo, nesta segunda-feira, 4 de junho.

Sobre as cabeças dos camponeses tudo se tornou em uma grande e estranha nuvem cinzenta de cinzas e pedras. Simultaneamente, o solo incandescente os impedia de andar e uma língua fervente de gás, lama, paus, rochas e animais mortos arrasava tudo. Do solo vinha um calor de mais de 700 graus centígrados que deixou feridas e bolhas em todos os que fugiram.

Dois dias depois, o horto é o marco zero do desastre, onde as máquinas trabalham contra o relógio para resgatar possíveis sobreviventes de alguma das aldeias onde a busca está concentrada. Toneladas de cinzas cobrem as casas, enquanto os socorristas devem se mover sobre pedras ou troncos que formam um caminho. Onde antes havia moradias de dois andares, agora só se veem telhados de zinco. Qualquer queda, um passo fora do lugar indicado ou um tropeço inesperado podem carbonizar os pés dos socorristas em poucos segundos.

As máquinas que chegam ao local vêm acompanhadas de um tanque que joga água nas rodas para impedir que elas derretam e os bombeiros tiveram que substituir dezenas de botas ao ver como se desintegravam por causa do calor do solo.

Corpo de uma vítima no chão entre restos de cinza lançadas pelo vulcão do Fogo, em San Miguel Los Lotes. Erupção deixou dezenas de mortos e muitos desaparecidos.

Os protocolos internacionais da Proteção Civil da Guatemala (Conred) indicam que até 72 horas depois da tragédia existe a possibilidade de encontrar pessoas com vida. Em uma luta contra o relógio, centenas de soldados, policiais e socorristas lutam contra o tempo, o calor e as más condições para respirar em meio a gases tóxicos para encontrar as centenas de desaparecidos. A busca continua concentrada em quatro aldeias: El Rodeo, La Reina, Libertad e San Miguel Los Lotes, onde nem sequer se sabe quantas pessoas vivia, mas que poderiam rondar as 40.000 pessoas.

Em uma das casas enterradas de San Miguel, um soldado encontrou uma família. Estavam abraçados uns aos outros debaixo de uma montanha de cinzas. Protocolos à parte, muitos camponeses vagam pela zona em chamas à procura dos seus parentes desaparecidos em meio ao desespero.

Trabalhos de resgate debaixo da chuva de cinza expelida pelo vulcão de Fogo na Guatemala, desde domingo.

Às quatro da manhã, três moradores –Rudy Ramírez, Oscar Díaz e Edgar Martínez– conseguiram entrar em El Rodeo para levar algumas coisas que no dia anterior deixaram para trás ao escapar: uma máquina de costura, um saco de café, uma bicicleta, algumas galinhas e um pouco de grãos que tinham armazenado. “Pegamos tudo o que pudemos, o calor era horrível e quando olhei para trás a lava estava muito próxima”, recorda Oscar, de 67 anos, ainda com o susto estampado no rosto ao lembrar o ruído que faziam os botijões de gás quando explodiam às suas costas. Naquela hora, a silhueta ameaçadora e enfumaçada do vulcão começava a aparecer com os primeiros raios do sol.

Os vulcanologistas apontam que a montanha liberou 30 milhões de metros cúbicos de material vulcânico em menos de duas horas. Esses mesmos especialistas explicaram que a principal causa de morte não foram os rios de lava, mas os fluxos piroclásticos, uma mistura de gás vulcânico, gases tóxicos e material incandescente que pode atingir os 100 quilômetros por hora, destruindo tudo em sua passagem.

Deitada no chão do abrigo de Escuintla, Olga González, de 46 anos, lembra-se da fuga. “Meu pai e minha sobrinha ficaram lá. A pequena entrou para buscar o avô e não voltou. Se tivéssemos esperado por ela morreríamos, então começamos a correr”, diz ela apontando para os pés feridos pelas queimaduras.

Carros e casas encobertas pela lava após a erupção do vulcão de Fogo na Guatemala.

“Não deu tempo para nada, o rio de lava vinha para cima da gente e era preciso correr. Só pudemos correr e chorar, sem olhar para trás”, recorda. Ao lado dela, Domingo López, de 79 anos, se lembra –com os pés cheios de chagas e feridas e provocadas pelo calor– que se fechou em casa e aguentou ali até que o vapor d’água se tornou insuportável e alguém o resgatou por uma janela. “Que Deus tenha em sua glória todos aqueles que ficaram para trás”, proclama.


 “Haverá muitas mudanças dramáticas no clima do planeta, muitas mudanças nas condições meteorológicas na medida em que o TEMPO DA GRANDE COLHEITA se APROXIMA RAPIDAMENTE ao longo dos próximos anos. Você vai ver a velocidade do vento em tempestades ultrapassando 300 milhas (480 quilômetros) por hora, às vezes. Deverão acontecer fortes tsunamis e devastação generalizada NAS REGIÕES COSTEIRAS, e emissão de energia solar (CME-Ejeção de Massa Coronal do Sol) que fará importante fusão e derretimento das calotas de gelo nos polos, e subseqüente aumento drástico no nível do mar, deixando muitas áreas metropolitanas submersas em todo o planeta“. Saiba mais AQUI.


Muito mais informações, leitura adicional:

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